1. Existe algum óleo ou gordura benéfica quando o assunto é colesterol?
Christiane explica que o tipo de gordura consumido é muito importante para auxiliar na diminuição dos níveis de colesterol. “O consumo de gordura saturada em excesso irá aumentar o nível do colesterol sanguíneo, portanto, é importante reduzir seu consumo e priorizar as fontes de gorduras ‘boas’ na alimentação (mono e poli-insaturadas) sempre que possível”.
De acordo com a nutricionista funcional, as gorduras boas são encontradas em alguns alimentos, como:
- Semente de linhaça;
- Azeite de oliva;
- Abacate;
- Semente de girassol;
- Peixes;
- Castanhas.
Já as “gorduras ruins” (saturadas e trans), ainda de acordo com a nutricionista, são encontradas principalmente em:
- Carnes gordas, hambúrgueres, bacon e embutidos como salsichas, salame;
- Produtos derivados do leite, incluindo leite integral, queijos gordos, creme de leite, queijos cremosos e iogurtes integrais;
- Manteiga, banha de porco;
- Biscoitos, bolos, pudins, tortas, salgadinhos, doces e chocolate;
- Óleo de palma.
2. Quais são os principais alimentos que podem ser importantes aliados na luta contra o colesterol?
Christiane lembra que é importante priorizar o consumo de alimentos com baixos teores de gorduras saturadas (carnes magras, leites e laticínios desnatados), bem como ter um consumo regular de alimentos fontes de fibras (grãos e cereais integrais, frutas e hortaliças).
A nutricionista ressalta que fitoesteróis, presentes em menores quantidades em alimentos de origem vegetal (como óleo de soja, fruas e hortaliças), e em maior quantidade em alimentos adicionados dessa substância (como cremes vegetais), podem contribuir com a redução dos níveis do LDL-colesterol. “Seu consumo deve ser associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”, diz.
3. Colesterol pode ser controlado somente com alimentação?
Christiane explica que a redução do colesterol apenas devido à modificação na alimentação é possível quando não há fatores de risco não modificáveis atrelados aos níveis do colesterol.
“Existem pessoas que possuem colesterol alto devido à genética, idade, etnia e hereditariedade (como nos casos de Hiper Colesterolemia Familiar). Nestes casos, a terapia medicamentosa passa a ser uma conduta clínica em que o médico possa fazer a recomendação”, explica a nutricionista.
“Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico e nutricionista, para que o melhor tratamento seja viabilizado. Ainda, reforço que independente do uso de medicamentos, a melhoria na alimentação e nos hábitos de vida se faz importante para a manutenção dos níveis de colesterol e também para a qualidade de vida”, ressalta Christiane.
4. Atividade física ajuda a baixar o colesterol?
Sim. “A prática regular de atividades físicas de intensidade moderada por pelo menos meia hora todos os dias ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue, combater a obesidade, reduzir o colesterol e diminuir a pressão arterial”, destaca Christiane.
5. Gordura saturada pode aumentar a taxa do colesterol ruim? E a gordura trans?
Sim. Christiane explica que as gorduras saturadas aumentam o risco de dislipidemias, como o colesterol elevado e, também, de doenças cardíacas. “As principais fontes na alimentação são alimentos de origem animal (manteiga, banha, toucinho e carnes e seus derivados, leite e laticínios integrais) e alguns óleos vegetais, como óleo de coco e de palma. É recomendável que o total de energia da alimentação fornecido pelas gorduras saturadas seja menor do que 10%”, diz.
Ainda de acordo com a nutricionista, as gorduras trans também têm influência nos níveis de colesterol e no aumento do risco de desenvolvimento de Doenças Cardiovasculares, “uma vez que seu consumo está relacionado ao aumento dos níveis sanguíneos de colesterol total e LDL-colesterol (‘mau colesterol’), ao mesmo tempo em que diminui o HDL-colesterol (‘bom colesterol’)”.
6. Quem tem colesterol alto não pode comer fritura?
Christiane explica que, assim como os demais alimentos gordurosos, o consumo excessivo de frituras pode contribuir com o aumento do colesterol sanguíneo. “Contudo, quem tem colesterol não precisa extinguir esse alimento da alimentação. Uma estratégia para quem não abre mão da fritura é evitar as frituras de imersão, priorizando as rasas, ou ainda preparações assadas”, diz.
“E ainda, usar óleos vegetais (como de soja, milho e girassol), no lugar de gorduras animais (como banha de porco), pode contribuir com o consumo reduzido de gorduras saturadas, associadas ao aumento do LDL-colesterol”, acrescenta a nutricionista.
7. Quem tem colesterol alto pode consumir bebida alcoólica?
Christiane diz que sim. “O consumo excessivo de bebida alcoólica está relacionado ao aumento dos níveis de LDL-colesterol. Contudo, o consumo moderado, ou seja, em média, um a dois drinques por dia para homens, e um drinque de bebida por dia para as mulheres, é uma quantidade razoável, para aqueles que não têm problemas de saúde relacionados, como alcoolismo”, esclarece.
“O álcool em grande quantidade causa enfraquecimento das células musculares cardíacas, levando a uma doença chamada miocardiopatia alcoólica e também pode levar ao fechamento das artérias. Além disso, pode levar a arritmias, aumenta os perigos de hipertensão arterial, obesidade, acidente vascular cerebral, câncer de mama, suicídio e acidentes”, lembra a nutricionista.
8. Existe alguma relação entre o tabagismo e colesterol?
De acordo com Christiane, sim. “O cigarro é responsável pela diminuição da espessura dos vasos sanguíneos, reduz a concentração de oxigênio no sangue, o que gera um ritmo cardíaco anormal, aumentando a reação inflamatória do corpo e favorecendo o aparecimento de placas de gordura nas artérias”, esclarece a nutricionista.
9. Quais os riscos do uso de medicamento para o controle dos níveis de colesterol?
“Cada vez conhecemos mais sobre os benefícios e riscos dos medicamentos para diminuir o colesterol. Pode aumentar o risco de diabetes, porém, evita em 40% o risco de acidentes cardiovasculares, como infarto e derrame ao longo da vida e alterações hepáticas e musculares”, destaca Lara.
Dessa forma, vale lembrar: a necessidade ou não do tratamento medicamentoso vai ser determinada pelo médico, levando em conta as particularidades de cada caso.
10. Quais são as complicações que podem ocorrer se o colesterol não for controlado?
“Todas as complicações relacionadas ao déficit de irrigação por obstrução do sistema vascular”, ressalta o médico nutrólogo.
Dessa forma, reforça-se a importância de ter, principalmente, bons hábitos de vida para manter os níveis de colesterol controlados, prevenindo assim as doenças cardiovasculares. O uso de medicamentos, se necessário, será indicado pelo médico.
Vale lembrar que, independentemente do uso de medicamentos, a melhoria na alimentação e nos hábitos de vida faz-se fundamental para a manutenção dos níveis de colesterol e também para a qualidade de vida.
Fonte: www.dicasdemulher.com.br
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